A investigadora da Universidade de Évora, que descobriu uma nova espécie de perceve, em Cabo Verde, disse hoje à agência Lusa que, dos trabalhos feitos no sul do país, conclui-se que a espécie “não está bem, está com bastantes problemas, está numa situação de sobreexploração”.
Joana Fernandes defendeu ser “necessário fazer muitos mais estudos para se tentar avaliar a situação”. Trabalhos desenvolvidos pela Universidade de Évora debruçam-se principalmente sobre a costa alentejana e as Berlengas e, em relação ao norte, “não se sabe de nada”.
A situação já levou à criação de regulamentação para controlar a apanha, mas, “na maioria das vezes, não é cumprida e sabemos que está a rarear bastante a abundância de percebes”, um marisco “economicamente importante em Portugal”, referiu.
De qualquer modo, aquela lei “ainda é muito recente e é difícil avaliar se está a ter impacto e se está a ajudar a preserver a espécie”. Por isso, seria importante monitorizar a sua aplicação, defendeu.
O percebe aparece em zonas rochosas e de bastante agitação marítima.
Em Portugal, encontram-se percebes na zona entre a Ponta de Sagres e Sines, na região do Cabo Carvoeiro e Arrábida, no Cabo Mondego e na costa entre o Minho e o Porto.
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